Nesta terça-feira (02), o professor Leandro Garcia lançará seu novo livro, “Dom Pedro II e a Cultura Hebraica”, às 14h30, durante evento realizado no Museu Imperial, em comemoração ao bicentenário de nascimento de Dom Pedro II. Resultado de três anos de pesquisa que deram origem a um volume de 560 páginas, a obra apresenta a profunda paixão do imperador pelo conhecimento das culturas e idiomas orientais, em especial, a hebraica.

Para Leandro, o lançamento do livro após esse período de investigação representa um marco de realização, mas também de grande responsabilidade, especialmente pela data escolhida para o lançamento.

“É uma sensação de realização e, principalmente, de muita responsabilidade, pois estamos nas celebrações dos 200 anos de nascimento deste grande brasileiro que foi D. Pedro II. Assim, este livro é parte significativa dessas celebrações. Então, além da alegria, o sentimento maior é de responsabilidade”, afirmou o autor.

A obra reconstrói a histórica expedição do imperador ao Oriente Médio, realizada no final de 1876, quando Dom Pedro II passou um período significativo nas cidades que compõem a Terra Santa, com destaque para Jerusalém. Mais do que um simples registro de viagem, o livro se apresenta como um tesouro de documentos primários, reunindo, pela primeira vez, a íntegra da documentação produzida pela comitiva imperial brasileira: cartas, diários, fotografias e inúmeras traduções realizadas pelo próprio imperador.

A motivação para que Leandro dedicasse três anos ao estudo da relação de Dom Pedro II com a cultura hebraica surgiu em 2022, quando ele foi convidado pela Embaixada do Brasil em Israel para atuar como professor visitante na Universidade Hebraica de Jerusalém. Durante o mês em que esteve na cidade, aproveitou para pesquisar os arquivos locais, já sabendo que o imperador havia passado pela Terra Santa em 1876, e encontrou uma grande quantidade de documentos sobre a passagem dele por aquelas terras.

“De volta ao Brasil, visitei o arquivo do imperador, no Museu Imperial de Petrópolis, a fim de conferir se havia algum documento sobre esta mesma viagem. Deparei-me com uma infinidade de documentos a este respeito: os diários do imperador e da imperatriz escritos durante esta viagem, as várias cartas que eles expediram de Jerusalém durante os dias em que lá estiveram, cartas com outros correspondentes (rabinos, sacerdotes católicos etc). Ao perceber tudo isso, não tive dúvidas: daria um belo livro, este mesmo que agora se publica, com 560 páginas!”, explicou o professor. 

O trabalho de pesquisa e a publicação teve o apoio e o suporte da Fecomercio-SP.